S. Bento da Porta Aberta
Espigueiros do Gerês
A Cabra-Montesa e o Lobo
Um estudo de 2002 estimava a população Ibérica de cabra-montesa em cerca de 50.000 indivíduos, distribuídos por cerca de 50 núcleos. O tamanho destes núcleos é bastante variável, existindo situações em que a densidade de animais é bastante elevada, e outros onde a extinção é, ou será a curto prazo, uma realidade. No entanto, e a nível geral, existe uma ligeira tendência para o aumento da população e para a dispersão para novos locais e mesmo para locais onde já existiu (como no caso Português).
Em Portugal, e até meados de
Em 1998 foram avistadas, de uma forma inesperada, algumas cabras no Gerês. Estes indivíduos são da subespécie C. p. victoriae, e resultam provavelmente, da dispersão de animais que foram translocados para a Galiza. Em 1992, 4 machos e 8 fêmeas foram translocados desde a Reserva Nacional de Gredos para o Parque Natural de “Invernadeiro” na Galiza. Em 1997 esta população já tinha 71 animais, e procedeu-se à translocação de 18 para o Parque Natural da Serra do “Xurés-Baixa Limia”.
Foi desta última população que escaparam alguns animais, que estavam em cercados, e que foram avistados na Serra Amarela e na Serra do Gerês.
LOBO
Em Portugal, não são muitos os sítios onde podem ser encontrados lobos em liberdade. O Nordeste Transmontano talvez seja o local onde mais facilmente poderá ter um encontro com estes belos animais. Também é possível encontrar alguns lobos no Parque Nacional da Peneda Gerês e no Distrito da Guarda, na Serra de Leomil, embora se pense que poderão apenas existir aqui uma ou duas alcateias. Contudo, em Portugal os lobos estão a atravessar uma fase de declínio e a sua sobrevivência está ameaçada. Este declínio começou com uma caça intensa a esta espécie, e nos últimos anos, tendo a caça sido proibida, surgiram os envenenamentos. Outro factor importante tem sido o facto de cada vez haver menos cervídeos em liberdade e essa era a sua maior fonte de alimento. Os fogos florestais vão reduzindo o território e o número de presas, e os lobos passam então a ter de se alimentar de gado, sobretudo ovelhas, provocando enormes prejuízos aos pastores, que vêm assim os seus rebanhos dizimados. Apesar de estar contemplado que esses serão monetariamente recompensados pelos danos, o facto de os pagamentos demorarem muito tempo leva a que alguns achem que a única solução é acabar com os lobos nas suas zonas de pasto. Pensa-se que, em território português, pode haver cerca de 200 lobos, talvez um pouco mais.Marina de Rio Caldo
A Albufeira da Caniçada dispõe de serviços e condições atractivas para a prática de um conjunto de actividades náuticas. A embarcação “Rio Caldo” é um barco de recreio que dispõe de 46 lugares sentados, navega todo o ano pelos 689ha de espelho de água, num passeio de 1.30 horas, numa vertente turística e pedagógica.
O Centro Náutico e a Marina de Rio Caldo são estruturas turísticas muito procuradas, quer pela sua beleza paisagística, quer pelas excelentes condições de prática desportiva que oferece. A Marina de Rio Caldo proporciona actividades desportivas aos visitantes e turistas, promovidas na albufeira da Caniçada pelas empresas de Animação Turística locais, acrescentando mais-valias na oferta turística. As empresas de animação turística, por sua vez, disponibilizam programas, equipamentos e serviços para a prática de desportos náuticos a funcionar todo o ano.
Artesanato do Gerês
Artesanato e Produtos Naturais na região do Gerês predomina o artesanato à base do linho, como uma toalha de agua-nas -mãos e os bordados, com destaque o lenço dos namorados, verdadeiras obras de arte e carinhos saídos das mãos dos artesãos como é o caso do centro de Artesanato Pedras Brancas em Couvide, Brufe e Cibões e os trabalhos em Madeira no Gerês. Como produtos locais evidênciam-se o chá do Gerês nas diversas variedades e o mel da Serra do Gerês. Associação Pedras Brancas A associação dispões de um posto de vendas onde pode encontrar peças variadas em linho, réplicas de peças antigas, artesanato em madeira, arranjos florais, produtos em vime, produtos em barro, diversas peças de tecelagem em tirela, lã, etc. Artesanato do Gerês Brinquedos, barcos, espigueiros, tabuleiros, aproveitam a madeira como matéria prima. Os brinquedos pintados em cores fortes e que recordam a infância à antiga; a contrução de miniaturas de barcos à escala dos materiais de adorno a relembrar a época dos descobrimentos. Na sua forma mais genuína, as actividades artesanais faziam parte do quotidiano do meio rural. Isoladas, as populações serranas tinham de suprir todas as suas necessidades mais imediatas, socorrendo-se dos recursos locais e do seu engenho. Cestaria era uma actividade tradicional bastante implantada que servia de suporte financeiro a inúmeras famílias. Divide-se em cestaria tradicional e de junco, com a produção de vestuário para proteger os pastores do frio e da chuva.
Fauna e Flora Parque Peneda-Gerês
Termas do Gerês
Termas do Gerês do contexto histórico da origem das Termas do Gerês predomina um vasto acervo documental que o retrata com exactidão. E, aqui, importa referir que as Termas do Gerês vêem a sua projecção a nível nacional, aquando da visita do Rei D. Luís I e da sua comitiva, às Caldas e à serra do Gerês.Mais recentemente, a empresa Hoteleira do Gerês ao investir na recuperação dos seus hotéis, assim como a própria Empresa das Águas, com o contributo da autarquia local ao nível de planeamento organizacional e implementação de infra-estruturas e, ainda, do PNPG, tomaram as Caldas do Gerês num espaço turístico, reunindo condições e capacidades de se classificar de zona turística por eminência, manifestado na procura crescente do novo "Turismo de Saúde".As Termas do Gerês são medicinais e recomendadas para o tratamento de reumatismo e de doenças da vesícula e do fígado. As nascentes termais mais importantes são a Fonte Forte, com água a 42 ºC e a Fonte da Bica, com 42,5 ºC.Termas do Gerês situadas no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês e rodeadas por lagos e montanhas, as termas do Gerês são das mais famosas do país, com uma envolvente paisagística de rara beleza,localizam-se à saída da vila e estão instaladas num belo edifício que recentemente sofreu remodelações.Nas Termas do Gerês existem os diversos tratamentos disponiveis tais como :Duche escocês, Banho local, Ultra-sons, Pressoterapia, Ingestão de águas, Duche circular, Enteroclíse, Infravermelhos, Massagem facial, Diatermia - ondas curtas, Massagem manual, Nebulização, Banho de imersão com Bolha de ar, Sauna.Termas do Gerês programa de dois ou seis dias para beneficiar de tratamentos anti-stress erelaxantes.• Contacto: Termas do Gerês, tel. 253 391 113, http://www.aguasdogeres.pt/; Hotel Águas do Gerês, tel. 253 390 190.•
Chá do Gerês
Conta a lenda que a árvore do chá foi descoberta, no ano 2737 a.C., por acaso, quando o imperador chinês Shên Nung, mais conhecido como o “Curandeiro divino”, dava um passeio pelas suas propriedades.
O imperador pediu a determinada altura que os seus servidores lhe fervessem um pouco de água enquanto descansava à sombra de uma árvore. Foi precisamente dessa árvore que uma folha se soltou e caiu dentro da taça de água fervida. Sem reparar, o Imperador bebeu, sendo dessa forma que nasceu a primeira chávena de chá. Terá sido este imperador que criou a medicina natural ou ervanária, testando ele próprio uma enorme variedades de bebidas medicinais à base do chá.As virtudes medicinais do chá são de conhecimento milenar, especialmente pelo seu efeito estimulante. Mas hoje, a ciência está comprovando suas propriedades terapêuticas e cosméticas.
As virtudes do chá verde na prevenção do câncer vêm do fato de que ele é rico em bioflavonóides e catequinas, que são substâncias que bloqueiam as alterações celulares que dão origem aos tumores.Além de conter manganês, potássio, ácido fólico e as vitaminas C, K, B1 e B2, ajuda a prevenir doenças cardíacas e circulatórias por conter boa dose de tanino: o consumo diário desse chá diminui as taxas do LDL (colesterol que faz mal à saúde) e fortalece as artérias e veias. Mas as boas notícias não acabam aí: está comprovado que o chá verde acelera o metabolismo e ajuda a queimar gordura corporal. Quem parece ter entrado com tudo na disputa é o chá branco, colocando em cheque a longa soberania do chá verde. Conhecido por possuir as mesmas características que seu concorrente, o chá branco vem ganhando maior fama por ser feito com folhas mais jovens, o que significa mais nutrientes potencialmente ativos. Sua extração vem da erva Camellia Sinesis, a mesma do chá verde e chá preto. Porém, o branco é colhido apenas uma vez por ano e é composto por brotos e flores das plantas. E essa diferença na hora da colheita da erva muda o sabor do chá que, diferentemente do chá verde, possui um gosto mais doce e suave.Quanto aos benefícios, os concorrentes se mantêm na mesma linha. São capazes de retardar o processo de envelhecimento, abaixar os índices de colesterol, acelerar o metabolismo e, ainda, queimar a gordura corporal.Chá de Alecrim - calmante, estômago, asma e memória Chá de barbas de Milho - Inflamações na bexiga Chá de Camomila - Cólicas abdominais, constipações, dores de cabeça e dores de ouvido Chá de Carqueja - Hipertensão, constipações, tosse, bronquite, diabetes, rins e bexiga Chá de Cavalinha - Artroses, dores vasculares, queda de cabelo, celulite, tendinites, osteoporose e bexiga Chá Verde - Má circulação, cérebro, doenças cardiovasculares e anti-canceroso Chá de Cidreira - Dores de cabeça e estimulante digestivo. Chá de dente de leão - Diabetes, hepatite, reumatismo, gota e tuberculose pulmonar Chá de Erva Príncipe - Estômago, nevralgias, gases intestinais e estimulante Chá Fel da Terra - Diabetes Chá de Flor de Laranjeira - Indigestões, vómitos e tosse nervosa Chá de Freixo - Colesterol, acido úrico, má circulação e reumatismo Chá de Funcho - Dores abdominais, celulite e gases intestinais Chá de Giesta Branca: Diabetes e infecções urinarias
Bordados do Gerês
-Bainhas Abertas-
As bainhas abertas constituem um trabalho em que, previamente, se retiram fios ao tecido, só se retiram os fios numa dada direcção, paralela ao correr do trabalho e do modo como este se desenvolve. Quem faz bainhas abertas geralmente especializa-se neste tipo de trabalhos. Embora muitas bordadeiras tenham aprendido a bordar outros pontos, quando se dedicam às bainhas abertas, dificilmente deixam de as fazer. Como o nome indica, durante muito tempo, as bainhas constituíam uma técnica que, sobretudo, valorizavam os acabamentos de toalhas e lençóis, embora desde sempre, tenham sido usadas num contexto decorativo mais amplo, como por exemplo a definir centros de mesa. Por outro lado, as bainhas abertas tornam-se especialmente apropriadas em peças como cortinas ou cortinados, pois jogam numa transparência que, no entanto, é mais aparente que real.Os trabalhos de fios puxados, não são tão finos nem tão parecidos com renda como os do bordado de fios agrupados.
O « Lenço de Namorados»: da fidelidade ás desavenças A origem dos “lenços de namorados” e os designados “lenços de pedidos” pensa-se que esteja nos lenços senhoris do século XVII e XVIII, e que foram adaptados pelas mulheres do povo com o fim de conquistar o seu namorado. Antes de tudo, estes lenços faziam parte integrante do trajo feminino e tinham uma função fundamentalmente decorativa. Eram lenços geralmente de linho ou algodão, bordados segundo o gosto da bordadeira. Mas não é enquanto parte integrante do trajo feminino que interessa o seu estudo, mas a sua outra função, não menos importante, e da qual lhe vem o nome: a conquista do namorado. A moça quando estava próximo da idade de casar confeccionava o seu lenço bordado a partir de um pano de linho fino que por ventura possuía ou dum lenço de algodão que adquiria na feira, dos chamados lenços da tropa. Para realizar esta obra, a rapariga utilizava os conhecimentos que possuía sobre o ponto cruz, adquiridos na infância, aquando da confecção do seu marcador ou mapa. Depois de bordado, o lenço ia ter às mãos do “namorado” ou “conversado” e era em conformidade com a atitude deste de usar publicamente o lenço ou não que se decidia o início duma ligação amorosa.
Granito
Os granitos em Portugal abundam na região Norte e Centro.O granito resulta da solidificação do magma a grandes profundidades (rocha magmática plutónica). As rochas que o envolvem, impedindo a libertação do calor, não permitem um rápido arrefecimento do magma, retardando a sua solidificação. Desta forma, os minerais que o constituem têm o tempo necessário para se desenvolver, apresentando-se assim, esta rocha, com uma textura granular em que os minerais constituintes são bem visíveis e identificáveis: o quartzo, os feldspatos (ortoclase, sanidina e microclina) e as micas (biotite e moscovite). O Granito é das rochas ígnias mais abundantes em Portugal estendendo-se pela parte central do País. Desde sempre, o granito foi utilizado em especial na construção e habitações, cobertura de pavimentos, etc... Estas peças e granito tinham contra si o facto de apresentarem suprefícies rogosas pouco agradáveis ao tacto. O advendo da moderna tecnologia permitiu serrar o granito em suprefícies lisas e sobre tudo polidas abrindo assim ao granito uma nova era, passando este a figurar entre as pedras ornamentais e competir com os próprios mármores, dada a sua resistência ao choque, ao seu brilho e risco. Junto à aldeia da Castanheira (freguesia de Albergaria da Serra- 146 habitantes), no limite sul do concelho, ocorre aquele que é, o mais conhecido fenómeno geológico da Arouca, as pedras parideiras. Trata-se de um pequeno (1000 x 600 m) afloramento de granito com abundantes nódulos discóides e biconvexos de biotite, que se libertam da rocha-mãe por termoclastia, acumulando-se no solo. Os nódulos, de 1 a 12 cm de diâmetro, tem a mesma composição mineralógica do granito, pois embora constituídos exteriormente apenas por biotite, possuem um núcleo de quartzo e feldspato potássico.Este tipo de granito é único em Portugal e raro no mundo. O granito da Castanheira é considerado uma "anomalia" do granito da Serra da Freita. Em Portugal é possível encontrar uma diversidade de paisagens cuja beleza natural foi sendo moldada, ao longo do tempo, pelos diferentes tipos de rocha que constituem cada um dos recantos do país.Nas regiões graníticas, como é o caso da Serra da Peneda-Gerês ou da Serra da Estrela, sobressaem os caos de blocos, formações resultantes da meteorização ao longo dos planos das fissuras da rocha. Estas fissuras, provocadas por redes de diaclases, favorecem a circulação de águas de infiltração, que vão arredondando e arenizando progressivamente estes blocos.Também as bolas graníticas e as pedras bolideiras têm origem no mesmo processo de meteorização, constituindo por vezes ex-libris turísticos das paisagens em que se inserem.